domingo, 26 de maio de 2013

Dúvidas das gestantes

Imagem: Google


A gravidez mexe com o físico e o psicólogico de todas as mulheres. É um momento de intensas mudanças e novidades, tanto no corpo quanto na mente. O José Bento de Souza, ginecologista e obstetra e autor do livro "Engravidar - Sim, é possível" esclareceu algumas dúvidas para o site bebe.abril.com.br

Alimentação
É necessário que a mulher mude os hábitos alimentares durante a gravidez?
José Bento: É fundamental que a mãe mantenha uma boa alimentação para garantir ao bebê todos os nutrientes essenciais, e assim, ajudar no seu desenvolvimento e formação. A partir de uma nutrição adequada é que a mulher garante uma gestação mais tranquila, sem a ocorrência de anemias, hemorragias e diabete gestacional. Por isso, é importante que as mulheres acrescentem cerca de 300 calorias à sua dieta diária para nutrir o feto em desenvolvimento, preferencialmente distribuídas em cinco refeições (desjejum, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar), preparadas com ingredientes que são fontes de proteínas, ferro, cálcio e ácido fólico, preferencialmente com um baixo teor de gordura.

Além de uma boa alimentação, suplementos de vitaminas podem trazer benefícios à saúde da mulher grávida?
José Bento: O estado nutricional materno é fator determinante no desenvolvimento do feto, assim como no bem-estar da grávida. Mesmo em gestantes saudáveis, que se alimentam adequadamente, é possível que haja deficiência de micronutrientes (vitaminas e sais minerais). Desta forma, acrescentar suplementação de vitaminas passa a ser uma alternativa eficaz na redução significativa da incidência de malformações neurológicas, cardíacas, faciais, urinárias ou defeitos em membros. Além do mais, há evidências de que, a partir do uso de suplementos vitamínicos especiais para a gestante, pode haver diminuição da incidência de abortamentos, pré-eclâmpsia (pressão arterial elevada, retenção de líquidos e presença de proteína na urina, com sintomas que podem evoluir para convulsão e coma), diabetes gestacional, trombose e nascimentos prematuros. Converse com o seu médico.

Qual é o peso ideal de uma grávida ao final de uma gestação?
José Bento: O peso corporal de uma gestante pode variar entre nove e doze quilos a mais, comparado ao seu peso normal. Esse aumento de peso pode ser de 1,5 a 2 quilos por mês após a 16ª semana. Sendo assim, é importante que haja restrição no consumo de alimentos calóricos, como refrigerantes, balas e doces industrializados.

Cuidados com a saúde e a beleza

Quais são os principais efeitos que a gravidez gera no corpo da mulher, do ponto de vista fisiológico e estético?
José Bento: Nos três primeiros meses, é comum que a mulher sinta mal-estar, como náuseas e vômitos. Além disso, prisão de ventre e inchaço nas pernas são outros sintomas que ocorrem neste período. O volume de sangue armazenado no corpo da mulher pode aumentar em até 50%. Outras mudanças são o aumento das glândulas mamárias, o aumento do útero que pode chegar a 40 cm (7 cm é o normal), e o aumento dos hormônios femininos (estrogênio e progesterona) em até dez vezes.


Grávidas podem fazer exercício físico?
José Bento: Como uma forma de ficar mais preparada para o parto, sofrer menos com inchaço e dores lombares durante a gestação, a adesão aos exercícios físicos torna-se uma importante ferramenta. No entanto, é importante que o médico seja consultado antes de a grávida iniciar qualquer atividade física. Também é preciso saber que o correto é a prática de exercícios físicos de baixo impacto, como caminhadas moderadas, alongamentos e hidroginástica. A prática da atividade física certa irá beneficiar o equilíbrio emocional da gestante, pois é um momento em que ela fica em contato com o próprio corpo, sentindo como o bebê reage aos seus movimentos.


Quais cuidados a mulher pode ter com a beleza durante a gestação?
José Bento: Ter cuidado com a beleza no período de gestação influencia de forma positiva o emocional da mulher. Entretanto, é preciso que a atenção aos tipos de produto utilizados seja redobrada para que não haja qualquer risco para o desenvolvimento do bebê. O aparecimento de estrias, geralmente, é o que mais preocupa as mulheres nessa fase. Elas podem aparecer no abdômen, nas mamas, nas nádegas e nas coxas, pois a pele fica mais fina e esgarçada, ao ser esticada. Uma boa alimentação, o acompanhamento pré-natal e o uso diário de hidratantes e emolientes de boa qualidade são importantes.


É comum que a grávida tenha queda e mudança no tipo de cabelo? Por quê?
José Bento: Devido ao aumento da taxa de hormônios femininos (estrogênio e progesterona) no corpo da gestante, que pode chegar a até dez vezes mais do que o normal fora da gravidez, o cabelo da mulher cresce em um ritmo diferente, ganha mais brilho e força. Em relação à queda de cabelo, ocorre geralmente após o parto, pois com o nascimento do bebê a mulher tem uma diminuição brusca dos níveis hormonais.


Qual é a recomendação para um sono mais tranquilo durante a gravidez? Existe uma posição ideal para dormir nessa fase?
José Bento: É recomendável que as gestantes passem a dormir de lado, preferencialmente do lado esquerdo. Com o crescimento do útero há uma pressão sobre a veia cava, que fica próxima ao lado direito do abdômen, o que impede o retorno correto do sangue dos membros inferiores. Dormindo para o lado esquerdo, a mulher facilita o fluxo sanguíneo e previne o inchaço.

Sexo
A rotina sexual da mulher deve ter alguma alteração?
José Bento: A rotina sexual da mulher durante a gravidez não deve sofrer alterações. Porém, se houver alguma indicação obstétrica, como suspeita de parto prematuro, placenta baixa (placenta prévia) ou sangramento, é importante que a mulher siga as orientações de seu médico. Além disso, é fundamental que a gestante converse bastante com seu parceiro para deixá-lo mais tranquilo e ciente do que ela está sentindo.

Com a gestação, a mulher perde a libido?
José Bento: Tanto o aumento quanto a diminuição da libido podem ocorrer. Com o aumento de até dez vezes dos hormônios femininos (estrogênio e progesterona), a mulher pode ficar mais sensível e ter mais vontade de manter relações com seu parceiro. Após o parto, a tendência é que a sua sensibilidade volte ao normal. Mais existe também a possibilidade, tanto da mulher como do homem, de sentir queda na libido com a notícia da gestação. Para a mulher, esse fato pode ocorrer devido a uma influência hormonal que afeta seu lado emocional. No caso do homem, essa diminuição de libido passa apenas por uma questão psicológica, pois ele pode começar a ver sua parceria com imagem de mãe, além de se preocupar, em muitos casos, em machucar o bebê.

Deve haver cuidados especiais na hora do sexo?
José Bento: Nos primeiros meses não há necessidade de mudanças nas relações sexuais, mas é importante que o casal se sinta confortável em manter a mesma intimidade e praticar as posições que desejam. No entanto, após o sexto mês é comum que haja alguns cuidados especiais. Neste caso, as posições mais indicadas acabam sendo quando a mulher fica de lado para o parceiro ou por cima. Porém, se houver algum incômodo ou dor, é importante que a gestante comunique seu parceiro e seu médico.


Fonte: bebe.abril.com.br

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Notícias



Sei que dei uma bela sumida daqui. É que aconteceram muitas coisas nos últimos tempos. Estive envolvida com alguns projetos que vou contar pra vocês. Há algum tempo, cerca de um ano, comecei a fazer devagarinho o enxoval para meu futuro baby. Sei que muita gente acha loucura e confesso até eu também acho. Mas fazer o quê? Cada louco com sua mania, né? Então eu tive uma super dificuldade em achar coisas "neutras". A maioria eram coisas muito femininas ou masculinas. Daí eu pensei: ia ser legal ter uma loja que vendesse coisas legais e neutras (e, também, coisas só para meninos e meninas). Conversei com meu marido, nós pensamos num modelo de negócio, planejamos, estruturamos e, pronto, surgiu a NINAR. Tá, não foi tão simples assim. É que claro que tudo foi muito bem pensado. E demorado. Mas hoje, com muito prazer, apresento para vocês nossa loja virtual. Cliquem AQUI para conhecer.

Fora isso, estou mega envolvida com meu novo livro. Já contei que agora tenho uma agente? Pois é. Ela é uma pessoa super bacana, mega profissional e dedica. É a minha ex-editora. E ela abriu uma empresa junto com dois sócios, a C! House. Estou com um prazo bem apertado, então o negócio é correr contra o tempo para fazer o melhor trabalho possível para meus leitores que tanto gosto.

Agora, as outras notícias. Conforme já contei, fui ao ginecologista, fiz os exames necessários e está tudo ótimo, ótimo. Confesso que fiquei bem aliviada. Já faz quase um mês que comecei a tomar o ácido fólico, vou esperar mais dois meses e aí começar a tentar. Tô quase no peso ideal, então nesse meio tempo aproveito e fecho a boca pra entrar na linha. Ainda bem que falta pouquinho. Pra tudo começar, né?

segunda-feira, 29 de abril de 2013

The book is on the table

Esses foram os últimos livros que comprei. Confesso que o "Nana nenê" foi mais por curiosidade, já que não concordo em nada com o método de largar o bebê chorando no escuro sozinho no berço. Acho uma crueldade sem tamanho. Resolvi comprar o livro pra ver o que NÃO fazer. Penso o seguinte: se a gente sabe como não agir já é meio caminho andado. É claro que cada criança é uma criança. Ainda tenho dois livros na wishlist: "O bebê mais feliz do pedaço" e "A maternidade e o encontro com a própria sombra". 









sábado, 27 de abril de 2013

Meus pequenos exageros

Imagem: Google



É impressionante como alguns fatos marcam a nossa vida. Pode ter acontecido uma vez, duas ou três, mas acaba virando chiclete grudado na sola do sapato: não sai nem com reza forte. Quando eu era bebê chorava bastante. Então, na minha família recebi o apelido de "chorona". Meu pai desmente um pouco a história. Diz que meu choro era um choro de bebê, aqueles de cólica. Mas o resto da família diz que eu era chatinha mesmo. Sempre tive uma leve tendência ao drama. Quando era menor e me machucava, ia logo mostrando para todo mundo minha "fratura exposta". Isso também virou piada na família (será que sou uma piada?). 

O que é pequeno muitas vezes vira grande. E foi o que aconteceu esses dias. Fui fazer os exames que meu ginecologista pediu. Até aí tudo bem. Mas o laboratório disponibiliza alguns resultados pela internet e como não entendo bulhufas, sempre apelo para o dr.Google. O médico de todas as horas. Segundo o exame, meus leucócitos e linfócitos estavam alterados, aumentados. Google neles. O resultado não foi nada animador. Na melhor das hipóteses eu teria apenas uma infecção. Na pior, leucemia. Daí fiz uma revolução, falei com minha prima (que é médica e sofre com minhas neuras, tadinha), revirei a internet atrás de mais alguma informação, afinal, era sexta-feira e meu médico estava marcado apenas para quinta da outra semana. Lá pelas tantas, pesquisei mais a fundo e descobri: não era infecção nem leucemia. Respirei aliviada e pensei "não vou contar isso pra ele".

A quinta-feira chegou e fui ao médico. Levei os exames, ele olhou e disse que estava tudo ótimo. Sim, tudo ó-t-i-m-o comigo. Contei a história da infecção-leucemia e ele começou a rir. Aliás, ele e meu marido estavam rindo alucinadamente. Então, ele me explicou: para ser uma suspeita de infecção, os leucócitos tinham que estar o triplo ou quádruplo do que estavam. E para ser uma suspeita de leucemia, o resultado tinha que ser aproximadamente 10 vezes maior que o meu. Opa, coisa boa, estou saudável. 

Sou motivo de chacota na família e no consultório médico. Bom, pelo menos faço rir. Pior seria se eu fizesse chorar.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Forçando a barra

Imagem: We heart it


Na minha humilde visão, um filho chega para celebrar o amor entre um casal. Sabe quando a gente ama tanto alguém que quer dar continuidade ao amor? Quer formar uma família bonita? Não aquelas de comercial de margarina, pois isso não existe, mas uma família bonita, que de vez em quando se estranha, discorda, bate boca, mas se aceita e segue em frente, afinal, é isso que as famílias fazem.

É claro que existem casos e casos. Algumas mulheres engravidam de homens que viram apenas uma ou duas vezes. A gravidez acontece "por acaso", "sem querer". Neste ponto sou bem radical: todo mundo sabe como evitar filho. E se não tem nenhum método cem por cento confiável, então usa dois. Preservativo e pílula, por exemplo. É impossível que em 2013 as pessoas não entendam que hoje em dia só tem filho quem realmente quer. Fazer todo mundo sabe, prevenir nem sempre. E acho que JUSTAMENTE pelo fato de você não conhecer, não ter intimidade nem saber o CPF do sujeito, tem mais é que se prevenir de todas as formas possíveis e imagináveis, afinal, tem muito maluco por aí. Isso sem falar nas doenças sexualmente transmissíveis. Se com quem a gente conhece a coisa já tá preta, imagina com um desconhecido? Sexo não é só prazer, é respeito e segurança, sempre.

Se um filho é feito de dois, no mundo ideal o planejamento da chegada do bebê deveria ser feito a dois também. Por que falo "mundo ideal"? Simples, porque na realidade não é assim que a banda toca. Conforme já falei aqui outra vez, participo de alguns grupos fechados no Facebook. São grupos que falam sobre aleitamento materno, educação infantil, maternidade, parto, gestação, tentativas, introdução alimentar e outros. Adoro fazer parte deles, os assuntos abordados são sempre interessantes, é claro que também tem a parte chata, como as panelinhas, a mãe que se acha melhor porque aos 4 meses a filha já fica de bruços, senta e faz diversas gracinhas. Bom, mas o fato é que de vez em quando fico assustada com as histórias que já vi algumas mulheres contarem. Algumas, inclusive, já fizeram o que vou descrever a seguir. 

Eu jamais, em hipótese alguma, pararia de tomar pílula sem o conhecimento do meu marido. Acho uma traição, uma falta de respeito. E prezo muito por uma relação baseada no respeito e na verdade. Muitas mulheres ali, que alimentam o sonho da maternidade, simplesmente largam a pílula, fazem furos em preservativos, armam mil e uma coisas SEM o conhecimento dos parceiros. Ele não quer? Azar o dele, pois eu quero. Ele não quer? Azar, hoje vou ver se sai o meu positivo e depois largo ele. Opa, o que você quer ao lado: um homem, um companheiro, um pai feliz e dedicado ou um inseminador grátis? As pessoas não são brinquedos, ter filho não é como pintar uma parede de casa. É um assunto sério, delicado, é pra vida toda. Eu não entendo como alguém pode ser capaz de fazer uma coisa dessas. Se ele não quer sentem e conversem. Cada um explica o seu motivo, dá a sua visão da história, mostra como se sente. Sou super adepta do diálogo, acho que é a melhor forma de resolver as coisas. De repente, ele não quer porque tem alguns traumas chatos de infância. De repente, a situação financeira de vocês não está das mais favoráveis. De repente, ele tem medo de não ser um bom pai. De repente, ele tem medo que vocês se afastem demais e acabem se perdendo. De repente, ele ainda não está seguro. De repente, ele está com medo, afinal, tudo que é novo assusta. De repente, ele não sabe que você tem os mesmos medos que ele. De repente, existem vários de repente. E isso vocês só vão resolver com conversa, com carinho, com o ato de ouvir o outro, com abraços, com cumplicidade. A única certeza que tenho é que nada se resolve na base da imposição. Nunca. 

sábado, 13 de abril de 2013

Não quero me perder de mim

Imagem: reprodução


Não é à toa que existe aquele velho ditado "a língua é o chicote do c*". Por isso, dizem que quando a gente tem filho acaba se arrependendo de certas coisas que disse. Por exemplo: filho meu vai comer salada, não vai fazer birra, não vou deixar falar palavrão nem comer doce. Daí, inevitavelmente, um dia a criança acaba fazendo o que a gente condenava e, pimba, alguém te olha e diz "não era você que dizia tal coisa?". Sua cara, é evidente, vai parar lá no chão.

Tenho horror de criança mal educada. Também não gosto de criança que participa de assunto de adulto. Muito menos de quem dá ataque e se joga no chão. Eu e meu irmão nunca fizemos essas coisas, fomos educados dessa maneira. Lembro que minha mãe me obrigava a dar bom dia, boa tarde, boa noite e a falar por favor, obrigado e com licença. Tinha gente que eu detestava dar beijo e oi, mas fazia mesmo assim. Meu pai me obrigava a comer salada. Às vezes eu dava um tomate para a cadela. Mas normalmente era obrigada a comer. Lá em casa a gente só tomava refrigerante aos finais de semana. No dia a dia era água ou suco. Doce não era todo santo dia. 

Vejo que muitas crianças comem mal. Bebês comem chocolate, crianças têm livre acesso ao armário de bolachas recheadas, bolos, balas, salgadinhos, guloseimas em geral. Acho errado. Uma alimentação saudável é importante. Depois que cresci fiquei na luta contra a balança. Um engorda-emagrece-engorda-emagrece bem chatinho. Mas hoje aprendi a comer. Entendi que um prato bacana é aquele que tem legume, verdura, proteína, carboidrato do bem, ou seja, integrais. Também aprendi a comer três porções de fruta por dia, bem como iogurtes, queijos brancos, aveia e fibras. O refrigerante foi abolido e cedeu espaço para águas e chás. Outra coisa que aprendi: mexer o corpo é essencial tanto para o corpo quanto para a mente. Gastar energia renova a vida.

A hora do sono também é importante. A criança precisa se sentir segura, mas também precisa ser estimulada a ser independente. Negociar não é uma constante: faz isso que ganha aquilo. Não há negociação. Faz isso porque é importante pra ti e ponto, vem cá que te explico os motivos. E fim de papo.

Meu filho vai ser estimulado desde cedo a fazer as coisas sozinho. É bom que a criança descubra o mundo e arrisque. Cair faz parte, mas ele vai saber que vou estar ao lado, sempre. Meu sonho é ser mãe, mas sei que minha vida não vai ser só aquilo. Eu sei que um bebê ocupa 99% do tempo. Mas antes de ser mãe, esposa ou escritora eu sou mulher. Tenho planos, projetos, desejos. Quero continuar escrevendo, criando, fazendo coisas. Um filho vem pra somar, não pra me apagar. Eu sei que a gente abre mão de muita coisa, vira bobona e muitas vezes prefere ficar abraçadinha no filhote que já pegou no sono do que ir ao cinema. E sei que vou fazer isso. Só que nunca vou parar de trabalhar, produzir, querer coisas. A vida não para. Vou lembrar de não esquecer quem eu sou. É que é importante a gente não se perder da gente. Nunca.


quarta-feira, 10 de abril de 2013

Um passo de cada vez

Imagem: reprodução


Me chamem de adiantada, organizada ou maluca, não me importo. Desde o ano passado compro roupinhas para meu futuro bebê (descobri que tenho o suficiente em roupinhas RN e P). Eu sei que ainda não sou gestante, mas sempre quis ser mãe. Quem me conhece sabe que esse é meu maior sonho. Não é aquela coisa só pra constar, pra cumprir minha função de procriadora, pra deixar algo para o mundo ou coisa parecida. É sonho mesmo. Fecho os olhos e imagino o cheirinho do pezinho do meu futuro filho. E suspiro feliz imaginando aquele pé gordinho e branco.

Já sei exatamente como vai ser o quarto, de que cor as paredes serão pintadas, como ficarão os móveis. Mostrei para o marido como pensei em cada detalhe. E ele, que participa ativamente das minhas loucuras, achou tudo de muito bom gosto. 

Estou acompanhando, no Facebook, grupos fechados sobre amamentação, introdução alimentar para bebês, parto, dúvidas de gestantes, tentantes e mães e outros sobre educação infantil. Gosto de ficar por dentro dos assuntos e entender bem o universo que me espera. Já fiz uma listinha de livros que preciso ler e descobri algumas teorias interessantes de pediatras e gente que entende muito do mundo dos bebês. Estou adorando cada assunto desse universo.

Ultimamente quase nem comento sobre isso com as pessoas, pois já ouvi de tudo. "Comprar roupinha antes dá azar", "nossa, já comprou escova de cabelo?", "já comprou livro?", "já tá pensando no quarto?". Sim, já. E isso não me deixa ansiosa, ao contrário do que muitos pensam. Isso me deixa feliz. Já inclusive sei quais os quadrinhos que vão no quarto do bebê. A decoração do quartinho serve tanto para menina quanto para menino, mas só vou cuidar das coisas quando engravidar. Por enquanto, o quartinho existe no papel e na minha cabeça. As roupinhas estão todas dobradinhas e guardadas. Enquanto isso vou lendo, pesquisando e me informando. Já descobri qual o melhor carrinho, berço, sabonete e etc. Acho importante estar o mais preparada possível. Ainda que na hora a gente acabe fazendo do nosso jeito. E descobrindo outros tantos.