segunda-feira, 29 de abril de 2013

The book is on the table

Esses foram os últimos livros que comprei. Confesso que o "Nana nenê" foi mais por curiosidade, já que não concordo em nada com o método de largar o bebê chorando no escuro sozinho no berço. Acho uma crueldade sem tamanho. Resolvi comprar o livro pra ver o que NÃO fazer. Penso o seguinte: se a gente sabe como não agir já é meio caminho andado. É claro que cada criança é uma criança. Ainda tenho dois livros na wishlist: "O bebê mais feliz do pedaço" e "A maternidade e o encontro com a própria sombra". 









sábado, 27 de abril de 2013

Meus pequenos exageros

Imagem: Google



É impressionante como alguns fatos marcam a nossa vida. Pode ter acontecido uma vez, duas ou três, mas acaba virando chiclete grudado na sola do sapato: não sai nem com reza forte. Quando eu era bebê chorava bastante. Então, na minha família recebi o apelido de "chorona". Meu pai desmente um pouco a história. Diz que meu choro era um choro de bebê, aqueles de cólica. Mas o resto da família diz que eu era chatinha mesmo. Sempre tive uma leve tendência ao drama. Quando era menor e me machucava, ia logo mostrando para todo mundo minha "fratura exposta". Isso também virou piada na família (será que sou uma piada?). 

O que é pequeno muitas vezes vira grande. E foi o que aconteceu esses dias. Fui fazer os exames que meu ginecologista pediu. Até aí tudo bem. Mas o laboratório disponibiliza alguns resultados pela internet e como não entendo bulhufas, sempre apelo para o dr.Google. O médico de todas as horas. Segundo o exame, meus leucócitos e linfócitos estavam alterados, aumentados. Google neles. O resultado não foi nada animador. Na melhor das hipóteses eu teria apenas uma infecção. Na pior, leucemia. Daí fiz uma revolução, falei com minha prima (que é médica e sofre com minhas neuras, tadinha), revirei a internet atrás de mais alguma informação, afinal, era sexta-feira e meu médico estava marcado apenas para quinta da outra semana. Lá pelas tantas, pesquisei mais a fundo e descobri: não era infecção nem leucemia. Respirei aliviada e pensei "não vou contar isso pra ele".

A quinta-feira chegou e fui ao médico. Levei os exames, ele olhou e disse que estava tudo ótimo. Sim, tudo ó-t-i-m-o comigo. Contei a história da infecção-leucemia e ele começou a rir. Aliás, ele e meu marido estavam rindo alucinadamente. Então, ele me explicou: para ser uma suspeita de infecção, os leucócitos tinham que estar o triplo ou quádruplo do que estavam. E para ser uma suspeita de leucemia, o resultado tinha que ser aproximadamente 10 vezes maior que o meu. Opa, coisa boa, estou saudável. 

Sou motivo de chacota na família e no consultório médico. Bom, pelo menos faço rir. Pior seria se eu fizesse chorar.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Forçando a barra

Imagem: We heart it


Na minha humilde visão, um filho chega para celebrar o amor entre um casal. Sabe quando a gente ama tanto alguém que quer dar continuidade ao amor? Quer formar uma família bonita? Não aquelas de comercial de margarina, pois isso não existe, mas uma família bonita, que de vez em quando se estranha, discorda, bate boca, mas se aceita e segue em frente, afinal, é isso que as famílias fazem.

É claro que existem casos e casos. Algumas mulheres engravidam de homens que viram apenas uma ou duas vezes. A gravidez acontece "por acaso", "sem querer". Neste ponto sou bem radical: todo mundo sabe como evitar filho. E se não tem nenhum método cem por cento confiável, então usa dois. Preservativo e pílula, por exemplo. É impossível que em 2013 as pessoas não entendam que hoje em dia só tem filho quem realmente quer. Fazer todo mundo sabe, prevenir nem sempre. E acho que JUSTAMENTE pelo fato de você não conhecer, não ter intimidade nem saber o CPF do sujeito, tem mais é que se prevenir de todas as formas possíveis e imagináveis, afinal, tem muito maluco por aí. Isso sem falar nas doenças sexualmente transmissíveis. Se com quem a gente conhece a coisa já tá preta, imagina com um desconhecido? Sexo não é só prazer, é respeito e segurança, sempre.

Se um filho é feito de dois, no mundo ideal o planejamento da chegada do bebê deveria ser feito a dois também. Por que falo "mundo ideal"? Simples, porque na realidade não é assim que a banda toca. Conforme já falei aqui outra vez, participo de alguns grupos fechados no Facebook. São grupos que falam sobre aleitamento materno, educação infantil, maternidade, parto, gestação, tentativas, introdução alimentar e outros. Adoro fazer parte deles, os assuntos abordados são sempre interessantes, é claro que também tem a parte chata, como as panelinhas, a mãe que se acha melhor porque aos 4 meses a filha já fica de bruços, senta e faz diversas gracinhas. Bom, mas o fato é que de vez em quando fico assustada com as histórias que já vi algumas mulheres contarem. Algumas, inclusive, já fizeram o que vou descrever a seguir. 

Eu jamais, em hipótese alguma, pararia de tomar pílula sem o conhecimento do meu marido. Acho uma traição, uma falta de respeito. E prezo muito por uma relação baseada no respeito e na verdade. Muitas mulheres ali, que alimentam o sonho da maternidade, simplesmente largam a pílula, fazem furos em preservativos, armam mil e uma coisas SEM o conhecimento dos parceiros. Ele não quer? Azar o dele, pois eu quero. Ele não quer? Azar, hoje vou ver se sai o meu positivo e depois largo ele. Opa, o que você quer ao lado: um homem, um companheiro, um pai feliz e dedicado ou um inseminador grátis? As pessoas não são brinquedos, ter filho não é como pintar uma parede de casa. É um assunto sério, delicado, é pra vida toda. Eu não entendo como alguém pode ser capaz de fazer uma coisa dessas. Se ele não quer sentem e conversem. Cada um explica o seu motivo, dá a sua visão da história, mostra como se sente. Sou super adepta do diálogo, acho que é a melhor forma de resolver as coisas. De repente, ele não quer porque tem alguns traumas chatos de infância. De repente, a situação financeira de vocês não está das mais favoráveis. De repente, ele tem medo de não ser um bom pai. De repente, ele tem medo que vocês se afastem demais e acabem se perdendo. De repente, ele ainda não está seguro. De repente, ele está com medo, afinal, tudo que é novo assusta. De repente, ele não sabe que você tem os mesmos medos que ele. De repente, existem vários de repente. E isso vocês só vão resolver com conversa, com carinho, com o ato de ouvir o outro, com abraços, com cumplicidade. A única certeza que tenho é que nada se resolve na base da imposição. Nunca. 

sábado, 13 de abril de 2013

Não quero me perder de mim

Imagem: reprodução


Não é à toa que existe aquele velho ditado "a língua é o chicote do c*". Por isso, dizem que quando a gente tem filho acaba se arrependendo de certas coisas que disse. Por exemplo: filho meu vai comer salada, não vai fazer birra, não vou deixar falar palavrão nem comer doce. Daí, inevitavelmente, um dia a criança acaba fazendo o que a gente condenava e, pimba, alguém te olha e diz "não era você que dizia tal coisa?". Sua cara, é evidente, vai parar lá no chão.

Tenho horror de criança mal educada. Também não gosto de criança que participa de assunto de adulto. Muito menos de quem dá ataque e se joga no chão. Eu e meu irmão nunca fizemos essas coisas, fomos educados dessa maneira. Lembro que minha mãe me obrigava a dar bom dia, boa tarde, boa noite e a falar por favor, obrigado e com licença. Tinha gente que eu detestava dar beijo e oi, mas fazia mesmo assim. Meu pai me obrigava a comer salada. Às vezes eu dava um tomate para a cadela. Mas normalmente era obrigada a comer. Lá em casa a gente só tomava refrigerante aos finais de semana. No dia a dia era água ou suco. Doce não era todo santo dia. 

Vejo que muitas crianças comem mal. Bebês comem chocolate, crianças têm livre acesso ao armário de bolachas recheadas, bolos, balas, salgadinhos, guloseimas em geral. Acho errado. Uma alimentação saudável é importante. Depois que cresci fiquei na luta contra a balança. Um engorda-emagrece-engorda-emagrece bem chatinho. Mas hoje aprendi a comer. Entendi que um prato bacana é aquele que tem legume, verdura, proteína, carboidrato do bem, ou seja, integrais. Também aprendi a comer três porções de fruta por dia, bem como iogurtes, queijos brancos, aveia e fibras. O refrigerante foi abolido e cedeu espaço para águas e chás. Outra coisa que aprendi: mexer o corpo é essencial tanto para o corpo quanto para a mente. Gastar energia renova a vida.

A hora do sono também é importante. A criança precisa se sentir segura, mas também precisa ser estimulada a ser independente. Negociar não é uma constante: faz isso que ganha aquilo. Não há negociação. Faz isso porque é importante pra ti e ponto, vem cá que te explico os motivos. E fim de papo.

Meu filho vai ser estimulado desde cedo a fazer as coisas sozinho. É bom que a criança descubra o mundo e arrisque. Cair faz parte, mas ele vai saber que vou estar ao lado, sempre. Meu sonho é ser mãe, mas sei que minha vida não vai ser só aquilo. Eu sei que um bebê ocupa 99% do tempo. Mas antes de ser mãe, esposa ou escritora eu sou mulher. Tenho planos, projetos, desejos. Quero continuar escrevendo, criando, fazendo coisas. Um filho vem pra somar, não pra me apagar. Eu sei que a gente abre mão de muita coisa, vira bobona e muitas vezes prefere ficar abraçadinha no filhote que já pegou no sono do que ir ao cinema. E sei que vou fazer isso. Só que nunca vou parar de trabalhar, produzir, querer coisas. A vida não para. Vou lembrar de não esquecer quem eu sou. É que é importante a gente não se perder da gente. Nunca.


quarta-feira, 10 de abril de 2013

Um passo de cada vez

Imagem: reprodução


Me chamem de adiantada, organizada ou maluca, não me importo. Desde o ano passado compro roupinhas para meu futuro bebê (descobri que tenho o suficiente em roupinhas RN e P). Eu sei que ainda não sou gestante, mas sempre quis ser mãe. Quem me conhece sabe que esse é meu maior sonho. Não é aquela coisa só pra constar, pra cumprir minha função de procriadora, pra deixar algo para o mundo ou coisa parecida. É sonho mesmo. Fecho os olhos e imagino o cheirinho do pezinho do meu futuro filho. E suspiro feliz imaginando aquele pé gordinho e branco.

Já sei exatamente como vai ser o quarto, de que cor as paredes serão pintadas, como ficarão os móveis. Mostrei para o marido como pensei em cada detalhe. E ele, que participa ativamente das minhas loucuras, achou tudo de muito bom gosto. 

Estou acompanhando, no Facebook, grupos fechados sobre amamentação, introdução alimentar para bebês, parto, dúvidas de gestantes, tentantes e mães e outros sobre educação infantil. Gosto de ficar por dentro dos assuntos e entender bem o universo que me espera. Já fiz uma listinha de livros que preciso ler e descobri algumas teorias interessantes de pediatras e gente que entende muito do mundo dos bebês. Estou adorando cada assunto desse universo.

Ultimamente quase nem comento sobre isso com as pessoas, pois já ouvi de tudo. "Comprar roupinha antes dá azar", "nossa, já comprou escova de cabelo?", "já comprou livro?", "já tá pensando no quarto?". Sim, já. E isso não me deixa ansiosa, ao contrário do que muitos pensam. Isso me deixa feliz. Já inclusive sei quais os quadrinhos que vão no quarto do bebê. A decoração do quartinho serve tanto para menina quanto para menino, mas só vou cuidar das coisas quando engravidar. Por enquanto, o quartinho existe no papel e na minha cabeça. As roupinhas estão todas dobradinhas e guardadas. Enquanto isso vou lendo, pesquisando e me informando. Já descobri qual o melhor carrinho, berço, sabonete e etc. Acho importante estar o mais preparada possível. Ainda que na hora a gente acabe fazendo do nosso jeito. E descobrindo outros tantos.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Sobre o medo que apavora, a libertação, a força de vontade e muitas outras coisas



Em alguns dias realmente me sinto uma pessoa abençoada. E, francamente, nem sei se mereço tanto. Não acho que eu seja uma pessoa ótima, nem que faça algo de extraordinário para a humanidade. Mas eu tento deixar algo de bom. Acho que a gente não deve apenas passar pela vida. Eu tenho a minha missão, você tem a sua. E a minha, suspeito, é levar alguma emoção para a vida das pessoas.

Hoje recebi uma mensagem no Facebook que encheu meus olhos de lágrimas. Uma menina relatou sua história de paniquete (nome que inventei pra quem tem Síndrome do Pânico) e no final da mensagem disse em alguns momentos leu meu blog, meus textos e começou a ter esperanças novamente, voltou a pensar no futuro e sorrir. Por quê? Por que ela leu meu relato e viu a minha superação e vontade de viver. Poxa, eu fiquei tão, mas tão emocionada. Explico e repito: só quem já passou por alguma experiência parecida é que sabe como é *insira aqui seu palavrão preferido* viver com esse medo absurdo te rondando. Me emocionei porque minha história modificou o presente e o futuro de alguém. Tem coisa mais bonita?

Nem sempre é simples identificar o transtorno. No começo, uns acham que é frescurite. Outros confundem com outras doenças. Alguns até palpitam que você está querendo chamar atenção, aparecer ou está super carente. Mas ninguém sabe o que é viver no escuro, com luzes apagadas e um chão escorregadio. Ninguém sabe o que é viver com o medo na garganta. Ninguém sabe o que é pensar que vai dormir e nunca mais acordar. Ninguém sabe o que é sentir as pernas moles, geladas, as mãos suadas, o coração disparado, uma dor forte no peito, uma tontura, uma ânsia de vômito, uma sensação de que você está enlouquecendo, outra sensação de que você está morrendo, pernas e braços formigando, sensação de desmaio, suador, vontade de sair dali, mas ir pra onde? Tudo isso junto, ao mesmo tempo, no mesmo segundo. Tudo isso por muitos minutos. Ninguém sabe o que é isso, pois se soubesse jamais diria que é frescurinha, carência afetiva ou qualquer outra coisa. Ninguém sabe o que é ter que fazer terapia uma vez por semana, remexer em passado, em sonho, em mágoa, em trauma, em seu lado mais negro e sombrio para tentar descobrir da onde vem aquilo tudo. Ninguém sabe o que é ficar tentando achar a medicação certa para tentar amenizar sintomas que nunca vão embora. Ninguém sabe o trabalho que dá fazer tarefas simples e corriqueiras, como andar de elevador, medir a pressão arterial, tomar banho, trabalhar, atravessar a rua, ir a um lugar que tenha mais de 10 pessoas no mesmo ambiente (o pânico normalmente vem de mãos dadas com a agorafobia, que é aquela aflição de estar em lugares muito cheios e/ou difíceis de sair. Eu durante muito tempo sentei em lugares perto da porta, assim, caso tivesse uma crise, levantava e conseguia sair logo para tomar ar.) Ninguém sabe o que é dormir e acordar com o medo de ter medo, o medo de ter nova crise. E se eu tiver uma crise no meio do restaurante, no meio da rua, no ônibus, no trânsito, no banho. Ninguém sabe o que é sentir a crise chegar nos momentos mais amenos, como um filme, um gole de suco, um xixi, um escovar os dentes após o jantar. Ninguém sabe. Só quem já passou por isso. 

Pesquisei, li, me analisei e comecei a falar e escrever sobre o assunto e percebi que muita gente tem medo de dizer o que sente ou tem. Infelizmente, alguns torcem o nariz. Ih, é louca. Ih, toma remédio. Ih, que história bem esquisita. Ih, duvido que alguém sinta isso. Pois é, eu também duvidava. E olha que fiz quatro anos de Psicologia, estudei isso na faculdade. Mas uma coisa é a teoria. Outra é a prática. 

Depois que eu entendi o que é o Transtorno do Pânico, tive que me aceitar. Aceitar o que eu tinha, aceitar minha nova "condição", aceitar que eu precisava de ajuda, aceitar que não era feio dizer ei, fica comigo, ei, preciso de você. Eu aceitei. Disse sim pra mim. Depois, tive medo. Medo de não conseguir vencer. Medo de deixar todas aquelas sensações ruins me dominarem. Medo da minha vida nunca voltar a ser como era antes. Medo de nunca mais sair na rua conferindo se eu estava com o celular carregado, se estava com o Frontal na bolsa, se minha carteirinha do plano de saúde estava mesmo dentro da carteira. Medo de ter uma crise e desmaiar no meio da avenida. Medo de ter medo. Aí veio a revolta. Por que eu? Por que comigo? Por que me escolheram? Por que tenho que passar por isso? Por que a vida é tão injusta? Por que logo agora? Por quê? Então, a tristeza tomou conta. Puxa vida, nunca mais vou conseguir fazer as coisas que eu fazia, como ir ao cinema lotado, tomar um banho relaxante e demorado, andar de elevador sem ficar cuidando os andares, andar na rua me sentindo livre, olhar pra mim e me sentir livre. Daí uma solidão me invadiu. Achei que eu era a única no mundo que sentia tudo aquilo, que era refém do medo, que por mais que eu tentasse e tentasse e tentasse e tentasse muitas vezes explicar, meu Deus, ninguém nunca ia entender todo aquele desespero que habitava meu coração e que dava mil cambalhotas mortais e me tirava do prumo e me deixava sem rumo. Sofri. Como eu sofri. Sofri a ponto de chorar por noites e noites e noites, não de depressão ou tristeza, mas de solidão. Uma solidão assustadora, um medo de perder as pessoas que eu amava, um medo de me perder de mim. Uma solidão terrível, pois aquela não era eu e eu me queria MUITO de volta. Então, depois de todas essas fases, eu tentei. Tentei dar um passo de cada vez, tentei fazer dar certo, tentei seguir um tratamento, tentei encontrar não o caminho de volta, mas o caminho do futuro. Tomei um remédio que não resolveu totalmente o problema, fiz muita terapia, tomei o amigo Frontal na hora em que o bicho pegava feio. Um ano depois troquei a medicação. E o Lexapro resolveu demais a minha vida, com ele eu quase não tinha crises. E dele eu me libertei na semana passada. Com ele, eu enfrentei meus medos cara a cara. Ele me deu força para eu encarar os desafios que estavam dentro do meu peito e circulando na minha vida. Sou da opinião que a gente deve tentar vencer aquilo que tenta vencer a gente. E foi o que fiz. Vi uma luzinha fraca no fim do túnel, me agarrei nela bem forte e segui. Porque a gente tem que tentar, tentar, tentar. Por mais que pareça difícil, distante e doloroso. Por mais que ninguém acredite ou bote fé. 

Foi assim que cheguei até aqui. Sei que o caminho ainda é longo. Mas não fico pensando no medo, no que vou sentir, se ainda vou ter alguma crise ou se o Pânico me espera ali na esquina. Penso no hoje, no agora e, é claro, no futuro. Porque a gente tem que ter alguma esperança de que as coisas finalmente vão, sim, ficar bem. E eu tenho. E tenho certeza, querida leitora que me mandou a mensagem bonita, que você também tem.