quinta-feira, 28 de março de 2013

Vida nova

Imagem: site iSaúde Bahia


Finalmente ontem foi meu último dia de Lexapro. Para quem não conhece a história, vou resumir: em 2010, tive meu primeiro ataque de pânico. A Síndrome do Pânico incapacita, atormenta e é bem mais difícil de superar do que parece. Na verdade, só quem viveu e sentiu sabe exatamente do que falo. De lá pra cá, tomei Anafranil, Frontal e em 2012 um remédio, que pra mim foi milagroso, chamado Lexapro. 

Comecei o processo de desmame devagar. Tomei dia sim, dia não durante uns dois meses. E ontem finalmente tomei o último comprimido. Depois, pensei: e agora? Bate um medo, uma insegurança, uma interrogação. Será que vou conseguir? Essa resposta eu não tenho, mas sei que vou fazer o possível para superar e vencer esse transtorno, que definitivamente não faz parte de mim.

Ainda me sinto ansiosa, mas tento direcionar o pensamento para coisas agradáveis. Além disso, tomo chá de camomila e procuro me distrair com o que é bom. Não dá para entrar na paranóia da ansiedade e dar trela para o pensamento, senão a gente enlouquece. 

Dou um passo de cada vez. Às vezes, para os outros, ele pode parecer pequeno, mas pra mim algumas coisas são realmente valiosas. Semana passada eu viajei sozinha para outro país, me hospedei sozinha num hotel, saí sozinha por lugares movimentados. Me senti uma heroína. Estava muito receosa desta viagem, mas consegui vencer cada dia numa boa. 

Gosto de falar sobre o assunto para que as pessoas entendam que o Pânico não é de outro mundo. Não precisa ter vergonha, nem se sentir maluco. Infelizmente, ainda é tabu, muita gente acha que remédio e psiquiatra é coisa de lelé da cuca. E não é. Pode acontecer comigo, com você, com a sua tia, com o seu melhor amigo. 

É por isso que não julgo quem toma tarja preta, tampouco tiro onda da cara de quem faz terapia 3x por semana. A gente deve tomar cuidado com o que diz e o que pensa, pois tudo muda muito rápido. Como dizem por aí "um dia é da caça, o outro do caçador". 

A partir de agora é vida nova. E minha próxima meta é parar de tomar o remédio para hipertensão. Para isso, já diminuí absurdamente o sal, incluí exercícios físicos na rotina, mudei a alimentação e estou perdendo peso. Logo, logo chego lá.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Grávidas e estilosas

Já foi o tempo em que a mulherada só usava aqueles macacões pra lá de feios durante a gravidez.














Imagens: Reprodução

Gravidez e beleza

Imagem: Reprodução



Eu sempre fui de ficar vidrada em bebês e crianças. Se estou na rua e passa um bebê no colo da mãe ou dentro de um carrinho eu fico de olho. Meu marido até me diz "ei, chega de olhar, a mãe pode achar que vai ter o filho sequestrado". Acho graça. É meio automático, sem querer, nem percebo. Fico olhando e sorrindo. Gosto muito de criança. Da inocência, das macaquices que eles fazem, das palavras erradas, de ver as descobertas, o crescimento, a evolução.

Dia desses vi uma grávida linda na rua. Tão linda que fiquei cuidando cada detalhe. O balanço do cabelo, as unhas, o semblante feliz e sossegado, a barriga grande e redondinha. Que amor. Acho lindo mulher grávida, por isso coloquei essa imagem da Juliana Paes. Essa mulher pra mim é um exemplo de grávida feliz. Ela adora ser mãe e isso fica claro no rosto dela. A felicidade transborda e toma conta. Que coisa bem linda.

Me desculpem, hoje estou toda assim, emotiva, achando tudo lindo. 


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terça-feira, 5 de março de 2013

Meu primeiro desejo




Quando eu era pequena adorava brincar de boneca. E eu tinha muitos nenês. Era uma mãe zelosa, que gostava de ninar meus filhotes. Depois eu cresci e deixei os nenês de lado. Mas a vontade de ser mãe nunca me abandonou, pelo contrário: se tornou cada vez mais intensa e forte.

Sempre quis ter um filho, independente de ter marido. Opções é que não faltam hoje em dia. Dá pra ter filho sem ter um homem ao lado. Mas eu sou antiga, gosto daquela coisa bonita de ter uma família, da criança crescer com uma figura materna e uma paterna. É claro que a criança pode crescer bela e feliz tendo só uma mãe, só um pai, dois pais, duas mães, avós, tios ou dindos. Mas falo do meu sonho, da minha escolha, do meu desejo. Eu queria uma família, com direito a cachorro e papagaio.

Meu marido nunca tinha pensado em ser pai até me conhecer. Ele nunca tinha pensado em ter uma família até me conhecer. Ele nunca tinha pensado em casar até me conhecer. Ele nunca tinha pensado em ter um cachorro até me conhecer. Só que ele me conheceu. E a vida dele mudou, assim como a minha. A gente escolheu a cor das paredes do nosso apartamento, escolhemos a planta da sala, as persianas das janelas, a cor dos armários do banheiro, a televisão nova, os talheres, o fogão, o tapete egípcio, o plano da NET, as toalhas que secam nossos corpos depois do banho. Dividimos as tarefas, as contas, os problemas, as soluções. O amor faz a gente se dividir sem sentir. Faz a gente se doar sem perceber. E isso é bonito e puro. 

Diariamente, treinamos nossos instintos materno e paterno com a Juno, nossa yorkshire. A pequena Juno nos escolheu em uma tarde, lá em Esteio/RS. Tão pequena, tão doce, lambia a minha mão sem parar. Naquela hora eu soube que era ela. Nós soubemos. A pequena Juno nos enche de amor a cada dia, a cada brincadeira, a cada descoberta, a cada gracinha, a cada olhar cúmplice. Ela tem horário para comer, nós nos dividimos na hora de limpar a área de serviço (que é onde ela faz as necessidades em cima do jornal), nos ajudamos na hora do banho, vamos juntos na veterinária, cuidamos dela quando ela adoece, damos carinho, atenção, brincamos, damos limites e disciplina, passeamos com ela. Escolhemos a pequena juntos. Logo na primeira noite, ela tossia sem parar. Assustados, acendemos a luz e colocamos a pequeninha na nossa cama. No outro dia, levamos na veterinária. E foi assim em todos os momentos. Quando ela foi castrada, passamos um Carnaval todinho cuidando dela. Quando ela fez o primeiro xixi no jornal, comemoramos. Quando ela conseguiu subir pela primeira vez no sofá, ficamos felizes. Pode parecer bobo para quem não tem um cachorro, mas cada descoberta é incrível. Um bichinho nos ensina muito. A Juno é uma cadelinha amorosa, querida, educada, meiga, não tem quem não goste dela. Ter um bichinho é um excelente treinamento para quem deseja um dia ter um filho. Naquela tarde em que a Juno lambia a minha mão, nos olhamos e ele me disse: agora a nossa família está completa. Quase, amor. Quase. 


Fofura pouca é bobagem



Acabou de chegar um conjuntinho que comprei faz um tempinho lá na Amazon. Olha que fofura.